Resumão de 18
meses
Filho, hoje é dia 16 de janeiro de 2013 e você está fazendo um
ano e meio. Neste ano e meio, você passou de um bebê careca, banguela, gorducho
e dorminhoco para um moleque cabeludo, risonho, magrelo e encapetado. Eu vi
você crescendo e se desenvolvendo dia a dia, aprendendo a comer frutinhas,
papinhas, comidinhas e até papelão, que você adora. Além do papelão, você tem
preferência clara por frutas e chora sempre que termina de comer, mesmo já
sendo a segunda banana, o terceiro pêssego ou um abacate inteiro. Também bate
pratões de comida e come de tudo, mas continua magrelo. Ainda não come doce,
mas brinca com os confetes do primo colocando na boca e cuspindo.
Você aprendeu a rolar, sentar sozinho, engatinhar, andar,
correr e agora subir no cadeirão, na maior rapidez e se achando o máximo. Sem
contar a escada de armar de sete degraus que você subiu e quase matou sua avó
de susto. Adora passear na rua, mas não quer saber de ir de mãos dadas (já!!! Achei
que isso só aconteceria na adolescência!!!) e fica bravo quando eu pego na sua
mãozinha mesmo assim.
Você perseguiu o Theodoro, tomou algumas mordidas, aprendeu
a fazer carinho nele e também aprendeu a tomar o biskrok da boca dele, tadinho.
Também aprendeu a falar Tetéo e auau, que foram praticamente suas primeiras palavras,
antes mesmo de falar mamãe. Aliás, pra falar você ainda é meio preguiçoso, só
fala mamãe, vovô, vovó, Tetéo e auau e os nomes dos tios Fafá, Fefê e Cacá, mas
faz não com a cabeça o tempo todo deixando bem claro o que você não quer.
Aprendeu a sorrir, bater palminha, fazer tchauzinho e dançar
com as músicas de abertura da novela e com as musiquinhas bobas e sem nexo que
eu invento (Bizuzu, bizuzu em ritmo
de “Meu Limão, Meu Limoeiro” e Maguelo, maguelo, maguelo em ritmo de “Parole, parole, parole”). Também adora
a musica da Porta da Arca de Noé que
eu canto pra você dormir, principalmente a parte “eu abro devagarinho, pra passar o menininho” e digo que o
menininho é você, e você abre um sorriso sonolento mesmo quando já está quase
dormindo.
Também dá piscadinhas
encantadoras e ultimamente tem sido menos parcimonioso nos abraços, que antes
você só dava no Vovôveraldo. Beijo, só “beijo de pum”, assoprando com a boca
contra qualquer superfície que faça barulho, seja meu braço, sua mãozinha, a
perna do vovô ou a borda da banheira.
Já conheceu a bisavó Bia no Rio de Janeiro (terra da mamãe), a casa da Tia
Fe e o Marujuco e a Domitila, foi no Jardim Botânico e já estreou na boemia da Lapa
com a tia Fabi e o tio Darius. Também já foi em botecos na Vila Madalena com a
tia Vânia e em vários restaurantes com a tia Susana e pizzarias com o tio
Laerte e a tia Vic. Foi ao cinema através do Cinematerna com a tia Carol, ao teatrinho e ao
circo com a tia Milena, o Ro e o Gui e também pra São João da Boa Vista na casa
da Vovó Teca e do Vovô Bé. Viajou várias vezes para o sítio, que você adora,
onde brinca na piscina, dá milho pras galinhas e atormenta o pobre do Manqui.
Já foi em festinhas dos primos e se divertiu a beça no pula-pula
inflável, mas teve febre bem nos dias das festinhas da tia Renata e da tia
Milena, deixando a mamãe frustrada. Pelo menos na sua festinha de um ano você
ficou bem e aproveitou bastante.
Adora escalar seu tio Fabrício pra ele te jogar pra cima, o que me deixa alucinada de medo e te deixa alucinado de alegria. Melecou a tia Carol toda de cocô e se melecou junto, em um dia que ela ficou cuidando de você.
Vai ao supermercado quase todo dia com a Vovó Lolita e da
última vez puxou uma abobrinha da parte de baixo da pilha de abobrinhas e fez
com todas elas rolassem pelo corredor do supermercado.
Neste meio tempo eu voltei a trabalhar, com o coração
apertado de saudade de você, já que nunca tinha ficado mais de uma hora longe
do meu pequeno. Eu chorava todo dia no ônibus a caminho do trabalho e você lá,
feliz da vida com a Vovó Lolita. Melhor assim, eu ficaria pior se você
estivesse sofrendo com a minha falta tanto quanto eu sofro com a sua.
Você conquistou tantas coisas em dezoito meses, filho, que
nem dá pra colocar tudo em um post só, e a cada dia aprende mais e mais, numa
evolução contínua que me deixa doida e ao mesmo tempo cheia de orgulho.
É um baita de um clichê, mas parece que foi ontem que eu vi
sua carinha bochechuda pela primeira vez e fui inundada por um amor tão grande
que até dói e que só aumenta. E falando em clichê, você é algo assim, é tudo
pra mim, é como eu sonhava, baby.
Minha maior realização na vida é ser sua mãe.