Lucas – 3 anos
Hoje ele fala tudo, corre, pula, brinca, faz pirraça, birra,
carinho, as vezes tudo ao mesmo tempo. A gente alterna momentos do mais puro
amor, com declarações de “Aah, eu te amo, momõe!”, beijos e abraços para a
birra mais pirracenta, “Não tô achando glaça! Isso é alguma piada?!”
(expressões dele, sim).
Ele dá trabalho quando sai na rua, não quer andar de mãos
dadas na Paulista, mas se encanta com passeios de ônibus e metrô. Prefere ficar
brincando com o carrinho na beira do palco a assistir a peça de teatro, dá mais
atenção à pipoca do que ao filme no cinema e acha muito mais bacana olhar a
roda do carro girando no passeio do Zôo Safári do que ver o avestruz comendo a
ração na minha mão.
O vocabulário é um capítulo à parte:
- “Quero suco de girino” = suco de tangerina
- “Tem uma cúpula brilhante e reluzenta” = brilhante e
reluzente
- “Biscoito de mosquinha” = rosquinha
- “Vamos fazer um quiquenique” = piquenique
- “Quero comer papioca” = tapioca
- “Vamos fazer suco de lóla” = acerola
- “Quero comer azentoim” = acho que é uma mistura de
amendoim com azeitona, vai saber...
Adora tudo o que é relativo a carros, ônibus, caminhões,
etc. e no sítio reconhece quem está chegando pelos carros na porteira, antes da
pessoa descer, além de saber que aquele carro é o mesmo do tio Fafá, ou do vovô
ou da vovó quando vê um igual na rua. Tira as chaves da porta e joga no lixo.
Joga lá embaixo o que consegue passar pela tela da janela.
Demonstra uma personalidade forte que me deixa louca e
preocupada se vou dar conta dele. Mas ao mesmo tempo, não duvido nem por um
minuto que apesar de todo o perrengue com toda a situação desde o início da
gravidez, faria tudo de novo, igualzinho, só pra tê-lo comigo, do jeitinho que
ele é.